segunda-feira, 10 de novembro de 2014

CAIXA estima encerrar 2014 com R$ 140 bilhões em operações de crédito imobiliário.

                     

CAIXA estima encerrar 2014 com R$ 140 bilhões em operações de crédito imobiliário

Para o vice-presidente da Habitação da CAIXA, José Urbano Duarte, o segmento deve crescer entre 10% e 20% este ano

                         
O crédito imobiliário brasileiro deve crescer entre 10% a 20% em 2014, conforme estimativa apresentada pelo vice-presidente de Habitação da Caixa Econômica Federal, José Urbano Duarte, nesta sexta-feira (29). “Temos uma curva de crescimento. Em um país com déficit habitacional grande, não dá para pensar que vamos parar de crescer”, disse Urbano, em palestra na Convenção do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi) 2014, na capital paulista.
Ao abrir o painel Loteamento- Crédito Imobiliário: Perspectivas para 2015 e fontes de financiamento para produção/comercialização de financiamento, o vice-presidente informou que até agosto a CAIXA, detentora de 70% do mercado, concedeu em torno de R$ 80 bilhões em crédito imobiliário até o fim de agosto. A sua expectativa é de que, até o final do ano, o volume de novas contratações ainda alcance mais R$ 12,5 bilhões por mês. A manutenção das contratações no patamar mensal de R$ 12,5 bilhões permitirá à CAIXA encerrar 2014 com R$ 140 bilhões em operações de crédito imobiliário.
Para o próximo ano, o vice-presidente de Habitação acredita que o mercado continuará aquecido em todo o país, mantendo o mesmo ritmo de crescimento de 2014. "2015 será um ano de crescimento. Não vai dobrar o volume de negócios em relação ao que se fez há três, quatro anos, pois estamos falando de um mercado muito mais robusto do que era. Hoje, o mercado já representa 9% do PIB e era de menos de 2% do PIB há cinco, seis anos. Vamos ter um crescimento sustentável, em números mais adequados", acredita José Urbano Duarte.
O vice-presidente de Habitação da CAIXA disse que, além do crescimento do crédito para a construção civil, outros fatores contribuíram para o incremento do mercado brasileiro: a regulação, que tornou o custo para construir mais baixo, a exemplo do cadastro positivo; os parâmetros mais justos na comparação de preços; e a alienação fiduciária. "Os marcos regulatórios criaram um ambiente muito melhor para o mercado", ressaltou.
Conforme os dados apresentados por José Urbano Duarte, a CAIXA administra 5 milhões de unidades habitacionais atualmente. Esse número, segundo ele, tende a crescer. "Milhões de pessoas procuram a CAIXA todos os meses dizendo que querem comprar um imóvel", disse.  Em média, 7 milhões de pessoas acessam o simulador de financiamento de imóvel no site da CAIXA, que tem apontado para o banco parte do perfil dos interessados na compra de imóveis no país.
Perfil
O perfil dos mutuários dos financiamentos da CAIXA vem mudando nos últimos anos. De acordo com José Urbano Duarte, os brasileiros estão comprando a casa própria cada vez mais cedo. Os financiamentos concedidos pela CAIXA mostram, conforme Urbano, que 43% dos clientes da habitação têm menos de 35 anos.  Dois fatores, segundo ele, foram importantes na mudança do perfil do mutuário: a maior oferta de financiamento e a concessão do crédito voltado ao público que as pesquisas incluem entre os potenciais compradores.  “É diferente da época do meu pai, quando as famílias eram maiores”, afirmou.  “Os jovens hoje compram cedo e procuram apartamentos com valores entre R$ 100 mil e R$ 200 mil”, contou.
O financiamento de imóveis na CAIXA hoje é feito com 56% dos recursos da caderneta de poupança e 44% do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).  Mais de 96% deste crédito tem alienação fiduciária, o que, destacou o vice-presidente de Habitação, garante baixos níveis de inadimplência no banco (1,31%). 
Letra imobiliária
Em sua palestra, José Urbano Duarte mostrou que a Letra Imobiliária - uma modalidade de investimento isenta de Imposto de Renda - garantida deve se tornar importante fonte de recursos para a construção no país. Ele defendeu seu uso exclusivo para o crédito imobiliário. “Somos contra financiar outra coisa porque deixa de ser alternativa para o crédito imobiliário. [Esse papel] tem características específicas para dar segurança a quem está investindo”, afirmou.  Para o vice-presidente de Habitação, as letras imobiliárias “podem ajudar a internacionalizar [as fontes de recursos] porque é uma regra igual ao que ele [o investidor] tem no mercado”.

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